domingo, 29 de abril de 2012

Sarau do Grupo de Escritores da UniABC-Anhanguera

Meus amigos,
O Grupo de Escritores da UniABC-Anhanguera vai realizar seu primeiro Sarau no dia 03 de maio, às 19h00, no Auditorio I do Bloco B.  O evento contará com a participação de alunos e ex-alunos de cursos diversos da instituição. A concepção visual do evento será realizada pelo professor Flavio Botton, e a apresentação será realizada pelas professoras Fernanda Verdasca e Maiaty S. Ferraz.
O sarau vai contar com a participação especial dos músicos Gisele Santos (flauta), Larissa de O. Cabral (flauta), Livia Cabral Tozzetti (flauta), Marlon Cordeiro (clarinete) e Henrique Santos (trompa)
Quem não for aluno ou ex-aluno da UniABC e quiser comparecer ao evento deve escrever para http://br.mc1607.mail.yahoo.com/mc/compose?to=grupodeescritores@uniabc.br e enviar nome completo e RG.
Estão todos convidados!

Profa. Maiaty S. Ferraz
Supervisora do Grupo de Escritores da UniABC-Anhanguera

texto de Gideão Cardoso da Costa

Madrugada de Jonas!

Estava eu numa madrugada fria, por meio das duas da manha, assistindo a um programa de comedia, ou seja, rindo!
Nem me dava conta que lá fora o tempo tomava um rumo muito estranho.
Levantei do sofá para ir me deitar, mas antes de desligar a televisão, eu prestava atenção a uma ultima piada, com o dedo no botão de desligar!
Quando sem mais nem menos a TV desliga, achei que teria apertado demasiado o botão.
Quando resolvo olhar para fora vejo aquela noite branca, não clara, pelo contrario muito escura, mais branca!
Branca de neblina, não dava pra se enxergar um metro a sua frente, achei estranho, mas poderia ser coisas da minha cabeça, resolvi retirar-me para o quarto.
Quando alcanço o interruptor, descobri que não era eu quem tinha desligado o televisor e sim a energia tinha acabado, e como não dava para ver nada lá fora, deduzi que havia acabado em toda a região!
Deito-me, meio assustado, não sou muito adepto ao breu! Quando sentia meu olho pesado com o sono chegando, ouvi bater na porta três vezes.
Pensei ser coisa da minha cabeça, pensei fingir que não estava ali e simplesmente ignorar as batidas, mas já era tomado por uma enorme curiosidade, curiosidade de saber quem me procuraria àquela hora.
Então em um súbito de coragem eu grito: quem está ai?
E ouço uma voz de mulher: aqui está tão frio e escuro!
Pela voz era uma mulher nova, na flor da idade, era uma voz melodiosa, doce, terna, e tão suave quanto acolhedora, estranhamente não me parecia uma voz desconhecida!
Hipnotizado pela doce voz, resolvi abrir a porta!
Mas ela não entrou, ficou parada entre os batentes me fitando, seus olhos eram tão penetrantes e envolventes, sua pele era tão branca quanto a neblina, que atrás dela montava um fundo fúnebre, como de um teatro gótico, sua roupa era toda preta apertada mostrando as curvas vastas de seu corpo.
Linda! Essa era a única coisa que havia na minha cabeça, linda, não passava de uma garota com mais ou menos 23 anos, linda.
De repente ela abre a boca novamente com sua voz melodiosa e diz!
Venha Jonas me siga!
Eu me pergunto como ela sabe meu nome, mas ela é tão linda!
Ela estende sua mão direita para mim, e como num súbito agarro sua mão!
Ela me guia para fora noite e neblina adentro.
De mãos dadas comigo ela diz:
- Desculpe-me Jonas, esqueci de me apresentar, meu nome é Morte!
Gideão Cardoso da Costa

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Grupo de Escritores da UniABC-Anhanguera recebe Escritor Claudio Parreira

Meus amigos,
Realizamos nosso primeiro evento do Grupo de Escritores da UniABC-Anhanguera. Recebemos o escritor Claudio Parreira. Quem escreve sobre o encontro é Rodolfo Andrade, membro do Grupo e um dos nossos coordenadores. Agradecemos ao Daniel Irponi pelas fotos.
Agradecemos também ao escritor Claudio Parreira e a todos que prestigiaram o evento.
Profa. Maiaty S. Ferraz                                                                                                   
Supervisora do Grupo de Escritores da UniABC-Anhanguera

Escritor na Universidade: Cláudio Parreira
Foi realizado na quinta-feira, dia 05 de abril, o 1º evento "Escritor na Universidade", organizado pelo Grupo de Escritores da UniABC-Anhanguera. Tivemos a honra de receber Cláudio Parreira, que está lançando seu primeiro romance: "Gabriel" - uma versão indagadora sobre a missão do anjo Gabriel na terra através de uma "patifaria pura e sem-vergonhice de primeira" (palavras do autor) Cláudio escreve contos (inclusive com um deles traduzido para o alemão) e trabalho na extinta revista "Bundas", escrevendo sobre política cotidiana com bastante humor; sua marca registrada.
Vários assuntos foram abordados através de perguntas feitas pelos alunos.
Perguntado sobre o que seria mais difícil: escrever ou publicar, ele respondeu que há muitas maneiras de publicar. "Você pode escrever mal pra caramba. Se você pagar, vai ser publicado". Logo, escrever BEM é mais difícil.
Entrando na questão de pagar ou não para publicar, ele contou sua própria história dizendo que pagou para publicar seu 1º conto, o 2º, o 3º... Teve uma hora que ele cansou. Hoje, ele é convidado a escrever.
Ele também falou sobre a dificuldade que é publicar um livro, a definição de romance, humor escrito e televisivo, primeira publicação e, é claro, seu novo livro. Foram duas horas de um bate-papo bem descontraído.
Ao fim da palestra foi sorteado um exemplar de "Gabriel" e o contemplado foi o aluno Sérgio, do 1NA de História.
O Grupo de Escritores agradece novamente ao Cláudio Parreira pela visita a nossa Univerisdade e estaremos de braços abertos para a próxima!

Vejam as fotos na postagem abaixo.

domingo, 15 de abril de 2012

Quero – te

Quero – te


Não me deixes assim!
Possuída de desejo,
Inflamo!
Fingiste querer-me
E agora, dá de costas
Deixando-me.

Sopra em minha garganta,
Trás para meu pulmão,
Um último instante.
É tudo que quero,
Não me deixes assim!

Fiz de tudo para querer-me
E me negas tão pouco.
Imploro-te!
Sejas comigo,
Agora e não somente quando quiseres.
Quero-te já!

Traga-me puramente a ti,
Doce, eterna...
Inevitável,
Morte.


                                  Edina Cristina Algarve Garcia
1º NA – Pedagogia
Profa. Maiaty

A vida é assim

A vida é assim

 Jonas se achava o máximo. Garanhão, não deixava passar nem um rabo de saia sem que tirasse uma lasquinha. Bom de papo e bonito, ele achava que podia pegar todas as mulheres que queria.
O único problema era que o espertinho, casado com a filha do patrão, tinha medo que ela descobrisse seus casos e lhe tirasse a boa vida. Por isso, naquela noite ele estava dirigindo e quebrando a cabeça para inventar mais uma boa desculpa para Sandra.
Entrou na Alameda Santos, e quase morreu de susto, quando viu a sua frente aquela figura horrível. Freou instintivamente, fechou os olhos, pensando que o que vira era fruto da sua imaginação; mas, ao abri-los novamente, viu que aquela coisa estava sentada a seu lado, no banco do passageiro.
_ Quem é você? Sai do meu carro, agora!!!!!!
_ Não me reconhece Jonas?
_ Claro que não, que brincadeira é essa? Ou melhor, tira essa fantasia ridícula, palhaço!
_ Acha mesmo que eu sou uma fantasia?
_ Desce do meu carro vai, sai, sai!
_ Sendo assim, apresento-me formalmente: Prazer, Jonas. Sou Morte.
Jonas riu.
_ Ô, palhaço! Você não tem mais nada que fazer, não? Me deixa em paz, cara. Vai procurar outro pra encher, vai se...
_ Serei rápido e direi uma vez só, portando, preste atenção.
_ Vai se... – num gesto brusco, Jonas tentou abrir a porta do carro pra fazer o cara descer, mas sentiu um arrepio paralisante na espinha.
_ Como disse, serei rápido. Você é um adúltero, mentiroso, aproveitador, enfim, posso passar horas aqui falando de seus defeitos, ou melhor, seus pecados. Mas, muitas vezes, sou benevolente e quero fazer um acordo com você.
Jonas, que não conseguia mais dizer uma palavra, só assentiu com a cabeça.
_ Pare de trair sua mulher, ou eu o levo comigo. Você tem o prazo de dois anos para me provar que está regenerado. Findado o prazo eu volto, e, adoraria levá-lo comigo. Mas, se você conseguir controlar sua luxúria, e provar-me que pode ser um homem fiel, deixarei que viva com sua esposinha, por muitos e muitos anos, ok?
Por algum motivo, Jonas sabia que aquilo era uma experiência real apesar de parecer loucura, e concordou de imediato. Com um riso irritante, a figura desapareceu, deixando um cheiro bem desagradável dentro do carro.
Chegando a casa, Sandra já dormia. Resolveu então, que pela manhã, daria uma desculpa qualquer caso ela perguntasse alguma coisa, senão ficaria quietinho.
Teve um sono agitado, muitas vezes, pensou ter visto aquela sombra em seu quarto, por fim, levantou molhado de suor.
Depois do banho, Sandra já o esperava para o café.
_ Bom dia, querido!
_ Bom dia, meu amor! – respondeu ele, beijando-lhe a testa.
Em silêncio, tomaram o café e Jonas observava sua mulher pelo canto dos olhos. _Meu Deus! – pensou – vai ser dureza encarar essa sem dar nenhuma escapadinha. Não vai ser fácil, não!
_ Que foi, meu amor? Parece estar preocupado com alguma coisa.
_ E estou... Quero dizer... Tenho alguns problemas pra resolver com urgência no escritório. Até mais tarde.
No caminho para o escritório Jonas, pensou nas possibilidades. Poderia pedir o divórcio, sairia com quem quisesse e não seria mais um adúltero. O problema é que com certeza, perderia a boa vida, o vidão que conquistara as duras penas, à custa de suportar aquele tribufu, de aguentar a gozação dos amigos por ter casado com a bicha feia, e tudo mais. Não, isso não! Virava um celibatário, mas, não perderia a boa vida por nada.
E foi assim, com sofrimento, que ele foi arrastando aqueles dois intermináveis anos, na esperança de que a Morte se convencesse e principalmente se compadecesse dele, que passou todo o tempo, fazendo sexo de olhos fechados, pra não correr o risco de brochar. E pior que isso, muitas vezes, ter que implorar pra dona Feia, fazer amor com ele. Quem sabe, a Morte me libera desse acordo.
Distraído em seus pensamentos, assustou-se quando percebeu que sua secretária praticamente gritava seu nome:
_ Seu Jonas.
_ Desculpe, estava distraído.
_ Seu Jonas, o Dr. Alberto ligou e disse para o senhor ir imediatamente pra sua casa.
Jonas desconfiou do tom grave usado pela moça.
_ O que aconteceu?
_ Não sei explicar, ele não me disse. Só pediu pra avisá-lo que é urgente.
Antes que ela terminasse de falar, ele já tinha saído.
Quando chegou a casa, deparou-se com todos chorando, procurou por Sandra e não a viu em lugar algum.
_ Onde está a Sandra, o que aconteceu?????
_ Sinto muito Jonas, mas nossa menina se foi!
_ Foi????? Pra onde???????? Do quê vocês estão falando?
_ Ela morreu Jonas, a empregada encontrou-a morta na cama. Acho que morreu dormindo...
Jonas subiu as escadas com o coração saindo pela boca. Hoje fazia exatos dois anos do seu encontro com a Morte. Não conseguia entender, por que aquilo estava acontecendo. Quando abriu a porta do quarto Sandra parecia dormir, deitada de lado, como gostava. _ Meu Deus!!!!!!!!!!! – pensou – o que é isso???????????
_ Ela não cumpriu o acordo.
Jonas virou-se e deu de cara com a Morte novamente.
_ O quê??????
_ Ela não conseguiu, não cumpriu o acordo.
A cabeça de Jonas rodava, ele não estava entendendo nada.
_ Que acordo??? Do quê você está falando???????
_ Simples, meu caro. No mesmo dia que te visitei pela primeira vez, visitei também sua mulher. Propus a ela o mesmo tipo de acordo, e como você mesmo pode ver, ela não o cumpriu. Não conseguiu parar de te trair, saia com o jardineiro, o motorista, até com seu amigo Serginho. A minha parte no acordo, como você pode ver eu cumpri.

Edina Cristina Algarve Garcia
1º NA - Pedagogia

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Fome de quê????

Fome de quê????

Profundos, encravados no rosto cadavérico, os olhos da mãe, olhavam fixamente o corpo inerte de seu pequeno filho. Deus acabara de levar, a benção que Ele mesmo lhe dera.
Lágrimas não escorriam no rosto; já não chorava mais. Desde criança, havia aprendido que naquele lugar, naquela vastidão de mundo seco, a vida e a morte andam de braços dados.
            _ Esse foi o terceiro menino, moço. O terceiro que Deus leva.
            _ Sinto muito, senhora. Muito mesmo. – disse o repórter.
            _ Por quê?
            _ Seu filho está morto, e eu sinto muito por isso. É triste.
            _ O quê que é triste, moço?
O repórter, perplexo, pois, certo tom de frieza sentia na voz daquela mulher; tentava disfarçar:
            _ Bem, seu filho morreu de fome, não é?
            _ É. Foi mesmo.
            _ É triste saber, que enquanto poucos têm muito, seu filho morreu por não ter nem um pouco.
            Religiosa, sem entender ao certo o que aquele homem quis dizer, voltou a rezar pela alma de seu anjinho.
            _ Senhora, - interrompeu mais uma vez – eu gostaria de tirar algumas fotografias da senhora e de seu filho. Quero denunciar ao mundo, este governo incompetente e corrupto, que deixa ainda hoje, crianças morrerem de fome. Eu quero...
            _ O senhor credita em Deus, moço?
            _ Como??? Eu...
            _ Eu perguntei: O senhor credita em Deus?
            _ Eu..., bem...
            _ Pois eu lhe digo, moço. Se tu não credita em Deus, não é bem vindo à minha casa. Sou pobre, mas não sou burra, não.  Deus sabe tudinho da minha vida. Ele sabe que nesse fundão de terra seca, nada dá. Num me venha falá dessas coisas de gente ruim; meu fio morreu de fome sim, como os irmãozinho dele, mas se não fosse a vontade de Deus, ele não me dava os anjinhos pra cuidá, eu ia seca, como essa terra toda aí. Deus é bom, moço, Deus é muito bom pra mim. E eu credito nele.


Grupo de Escritores da Uniabc
Profa. Maiaty S. Ferraz
Edina Cristina Algarve Garcia
1º NA  -  RA 3732684805

sábado, 7 de abril de 2012

A Minha Sogra


Porque existe a sogra? Poxa, que cruz é essa que eu tenho que carregar desde que eu começo namorar até o fim da minha vida (se tudo der certo)? Porque a sogra se acha no dever de dar opiniões no meu casamento? Sendo que a filha dela agora é MINHA mulher... E porque sempre no Natal e no Ano Novo a gente tem que comer o famoso peru na casa dela? Um jantar romântico, uma danceteria, uma coisa diferente...tudo isso está descartado por causa dela, a minha sogra.

Eu me revolto sempre com minha sogra por vários motivos; começando pelo nome: ela se chama Esperança. Já ouviu falar no ditado: “a esperança é a última que morre”? Tendo em vista isso, eu completo: coitado do cidadão cuja sogra se chama Esperança! Meu Deus, a “véia” não vai morrer tão cedo! Acho que nesse momento crítico, eu precisaria de um cerveja. Vou com toda sede ao pote (no caso, à geladeira) e abro a porta com toda a alegria do mundo. Alegria que desaparece do meu rosto em fração de segundos.

--- Cadê a minha cerveja?

Depois do berro, a minha amada surge na porta da cozinha com seu sorriso sutil e dizendo:

--- Ai amor, a mamãe falou que a cerveja pode te fazer crescer a barriga. Eu não quero meu amorzinho com barriga de chopp. Prefiro esse tanquinho aí!

Eu não consigo ficar bravo com ela; o jeitinho meigo e as vezes ingênuo não deixa. Mas a minha sogra...ah ela me paga por essa. Pode não ser agora, mas ela vai me pagar! Juro que fiquei vermelho de raiva e isso tudo bem na hora do futebol domingo à tarde. Já explodindo de raiva, eu volto para a sala e quem eu encontro no meu sofá, assistindo a minha televisão, com o meu controle remoto na mão? Quem? Quem? Quem? A minha sogra, é claro!

--- Ai genrinho, já que eu estou aqui e você não está mais assistindo o jogo, eu vou ver a Eliana, tudo bem?

--- Mas eu estou assistindo o jogo, sogrinha!

O veneno escorria pela boca de ambos.

--- Ah, mas eu sou visita...

Puta merda! É melhor eu sair agora e ir para o bar, do que brigar com essa véia e sair de casa depois.

Sem opções, me encaminho para o bar mais próximo naquele sol. Para melhorar, como de costume, a cerveja está quente e o bar está lotado.Depois de agüentar meia hora e tomar dois “chá de cerveja”, eu volto para casa para a melhor hora coisa do dia: levar minha sogrinha querida de volta para a casa dela.

Apesar de tudo, eu amo minha sogra. Isso quando ela está longe de mim e da minha mulher. O respeito que eu tenho por ela, jamais ela vai encontrar em outro homem. É claro, eu agarrei o osso e não solto mais! O osso, nesse caso, representa minha esposa, que puxa mais (bem mais) para o magro do que para o fofinho. Então, realmente... é osso!

Mas agora é sério: estou pensando em me mudar para um lugar bem longe. Longe da sogra também, se possível. Estou pensando na Bahia, ali nas margens do Rio São Francisco. Qualquer coisa se a D. Esperança aparecer, eu vou dar umas aulinhas para ela. Aulinhas de como aprender a nadar e se manter viva sem uma bóia.

Acho que já chega, não é? Meus dedos já criaram bolhas e eu já falei mal demais da minha sogra nesse texto... No próximo eu continuo.


Apresentando-me ... Rodolfo Andrade

Hi! I’m Rodolfo Andrade. I’m student, I writed, I read... PARA!!! Isso aqui está parecendo Bio de Twitter! Deixa eu começar de novo...

Fala aí galera! Meu nome é Rodolfo Andrade, 19 anos e curso Letras na UniABC-Anhanguera. Com sorte, descobri meu gosto pela escrita aos 17 e desde o ano passado venho me aperfeiçoando e aprendendo cada vez mais. Criei um blog, o "Rodolfo Escritor", que me ajudou muito.

Leitor assíduo de Literatura Policial. Sherlock Holmes é meu personagem favorito. Mas não é por isso que Hercule Poirot (de Agatha Christie), Robert Langdon (de Dan Brown) e Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander (de Stieg Larsson) ficam para trás nesse quesito. É que Sherlock... bom, perdi até as palavras (risos).

Fãzaço da música de boa qualidade, blogueiro, twitteiro, 'facebookeiro', Coordenador do Grupo de Escritores e assim por diante...

É isso aí, acho que já escrevi demais. Fui!

Contatos:
E-mail: rodolfoescritor@gmail.com
Facebook: http://www.facebook.com/rudolfandrade
Twitter: http://www.twitter.com/Rudolf_92


quarta-feira, 4 de abril de 2012

Apresentando-me... Érica Gusmão

Olá queridos escritores e simpatizantes! Sinto-me honrada em participar do Grupo de escritores da Uniabc. É um prazer, sou uma das coordenadoras do Grupo, que ao lado do Rodolfo Andrade e da Professora Maiaty busco tornar esse projeto algo cada vez mais sério, algo interessante e cada vez com mais participantes. Quem já esteve nas reuniões, sabe o quanto é revigorante estar lá, pois é um instante de compartilhar ideias, um momento único que faz as pessoas se integrarem a um meio mais ou menos semelhante, porém é perceptível que cada mente encontra uma linhagem de raciocínio diferente para temas iguais, eis uma das mais bonitas belezas do ser humano.
Sou adepta a Literatura portuguesa, aprecio um bom rock and roll, atualmente ouvindo mais Smiths, Agridoce, Mallu Magalhães e The Who. Me interesso por mangás, shoujos, claro. Estou cursando o 3º semestre de Letras com a pretensão em contribuir com a área da educação e revisar textos como um outro meio de trabalho. Tenho um blogue: http://www.ericacibelle.blogspot.com/ iniciado no início do ano retrasado.
E divido um site com os meus meninos, o Beto Sousa que faz licenciatura em História aqui na Uniabc e escreve divinamente e com o Thiago Hernanez que é um doce publicitário. O nosso site é o http://www.prascucuias.com.br/, a coluna Gritos do nada é do Beto, Sonhos viciados é do Thiago, Coletivo é de textos que fazemos em parceria, Zumbido fugaz é a minha coluna e temos uma parte do site destinada a quem quiser que publiquemos textos, que é o Hábitos Necrófagos, quem quiser ver um texto pessoal publicado no nosso site pode enviar um e-mail ao Beto beto.souza@prascucuias.com.br com seu texto e uma bio para colocarmos no site e os principais contatos. Já que hoje temos esses meios para divulgação, temos que fazer uso deles, o máximo possível que pudermos. Quem escreve e deixa os textos guardados de nada servem, os textos devem ser compatilhados com o mundo... A sua dor, a sua revolta ou todo o seu amor pode ajudar aos outros e a você mesmo deixando-se ouvir opiniões alheias.
Utilizo a pouco tempo esses meios tecnológicos, porém escrevo desde meus 11 anos. Nessa época tinha uma amiga que me influenciou a começar a ouvir Nirvana e conheci o irmão dela que é mais velho, na época com 15 anos. Eu era encantada por ele, que escrevia muito bem e era um Dom Juan de primeira. Conversei muito com ele ao longo do tempo que tínhamos e em uma bela sexta, ele me disse:
-Você aprecia tanto os meus escritos, eu a desafio a escrever uma música!
Eu adoro desafios, mas esse me afligiu de tal modo que passei o final de semana com a minha agenda e uma caneta, prestando atenção nas conversas dos meus pais, as propagandas de tv, ao movimento na rua, para encontrar um meio de inspiração e finalmente  comecei a escrever e as ideias fluiram de tal modo que nunca mais parei de escrever. A poesia saiu, a música é um assunto a parte, na época havia começado a pouco tempo minhas aulas de violão, desistindo delas, pois a teoria por vezes me intedia. Logo fui e comprei uma revista com letras e cifras do Legião Urbana e comecei a tocar sozinha. Tive bandas que fracassaram e desisti da música, mas a escrita permanece como algo primordial para mim.
Eu tenho 18 anos e adoro conversas em bares, troca de brisas, de ideias aparentemente malucas e gosto tanto da lua... Usei-a tanto como inspiração, ainda não sei quais mistérios tão deliciosos ela guarda, mas que ela me intriga, me intriga... Uma convenção romântica, eu sei, mas enfim...

Contatos:
E-mail: erica.cgs@hotmail.com
Facebook: www.facebook.com/erica.cgs

domingo, 1 de abril de 2012

Sobre a fome...

Quero ter fome!

O homem tem fome!
Fome de comer,
Fome de beber,
Fome de ser,
De ter,
De ir, às vezes, de vir.

O homem sacia sua fome!
Por instinto,
Por hábito,
Necessidade,
Vontade.

Mas existe uma fome que é inata ao ser.
Esta fome se não saciada,
Torna a vida insípida.
Mata o homem aos poucos,
E os sintomas são clássicos,
Começa com certa bulimia,
Nada é absorvido,
Tudo é jogado fora.

Fatalmente vem a anorexia,
Fraqueza total.
Corpo; mente e alma,
Morrem de inanição,
Porque não quis,
Ou porque não sabia,
O homem não saciou
A única fome que realmente devia:
Fome de conhecimento.

Alimento perfeito,
Cheio de sabores,
Sortido em cores,
Repleto de amores.

Doces encantos,
Há no conhecimento.
E mesmo que consumido em excesso,
Nenhum mal causa ao homem.
Ao contrário,
Fortalece, enriquece, enobrece...
Corpo; alma e mente.







Grupo de Escritores da Uniabc
Profa. Maiaty S. Ferraz
Edina Cristina Algarve Garcia
1º NA  -  RA 3732684805

Conversas

Conversas
Tenho saudade das conversas com meu pai.  Homem inteligente, mas, infelizmente ausente. Não sei se por querer ou, dever. Era ausente.
Por isso, dava tanto valor as pouquíssimas prosas que tivemos ao longo de sua vida. Falava comigo sobre tudo, principalmente política.  Ainda bem pequena, já entendia o significado da foice e do martelo; do exílio político e das forças subversivas.
Aliás, quão perigosas eram nossas conversas. Talvez por isso, entre meus irmãos, eu era a única que gostava de ouvir aquelas histórias que envolviam tanto medo. Já era eu subversiva, e nem sabia.
Recomendações para guardar segredo, eram desnecessárias. Fazia questão de manter aquela linha de comunicação restrita, um momento só nosso. Ninguém precisava saber.
Peguei gosto pela leitura com pequenos textos, escritos na clandestinidade, por pessoas que eu nem conhecia.  Mas, se meu herói dizia que era importante, eu lia.
Esses pequenos pedaços de papel, saíam de seus bolsos, em bolotas, amassados e às vezes, até rasgados, aí fazíamos um ritual completo, colocando lado a lado cada pedacinho. Não perdíamos nem uma vírgula, era importante demais para deixar que um pontinho sequer se perdesse, como perdida eu ficava, quando ele não estava.
Passavam-se meses, até que voltasse. Na minha ingenuidade, essa ausência significava que meu querido pai, estava em alguma missão secreta. Dentro de mim os sentimentos eram um misto de medo e orgulho; que se transformavam na mais absoluta felicidade quando via aqueles olhos perfeitamente azuis, me trazendo novamente o mundo.
E assim foi por minha infância e parte da adolescência. Até hoje, não sei ao certo, se realmente ele era um ativista, mas, com todo meu coração sei que foi com este homem, com este cidadão brasileiro e acima de tudo pai, que tive o primeiro entendimento, de que a comunicação forma, transforma, cria, destrói, constrói uma vida, um homem, com poucas palavras.
No meu caso, especificamente neste caso, formou, transformou, criou e edificou valores, caráter e sentimentos, que levo comigo e passo de mim a quem quiser ouvir.
Ficou a lembrança deliciosa da voz firme, porém, doce de meu pai, inspirando a vontade de fazer da palavra, um objeto de amor!
Edina Cristina Algarve Garcia 
RA 3732684805
Pedagogia – 1º ano
Grupo de Escritores da Uniabc

Sopa...

Festa da Carne - Carnaval
Sopa...
De hora pra outra uma pessoa pode mudar, é incrível como você entra convicto em um ano, e sai cheio de dúvidas no outro, não que a dúvida seja ruim, questionar é sempre bom, dá uma vaga esperança de que ainda se está vivo. Então, boa noticia, um homem pode mudar, mas a mudança não vem sozinha, vem acompanhada de diversas condições, cada uma condizente com seu caso.
Me vi de encontro a um passado não tão distante, e vejo a diferença do presente. Quanto mais adulto o homem se torna, maiores são as incertezas nas coisas e maior é a certeza em um único implacável tema, mesmo que hoje isso seja somente uma pequena sombra começando a despontar, pois ainda estou no começo de tudo, não posso negar sua presença.
Crescer é perceber que não dá pra ser imortal em vida, que a única certeza que parecia haver não é mais a mesma frequência que sintoniza. As estações mudam, com isso aumenta a insegurança, temos que fazer do novo certo, o único seguro de vida contra a morte, ou seja, amortizar o tempo e fazer valer o distante velório.
Nos pegamos de hora para outra sem certeza de nada além, de que o amanhã estará à porta para cobrar a dar a César o que é de César, e não dá para sonegar o tempo.
Por falar em mudança...
Sopa...
Mais uma vez... Sopa de letrinhas, agora foi...?
Me pego admirado em um mundo novo onde não há sopa de letrinhas, aliás, que raio de moral que se serve à mesa nos dias de hoje?
Bons tempos aqueles em que festa boa era festa cheia de comida. Hoje se me chamam pra um churrasco, sei que carne é o que menos vou encontrar, vamos ter tudo quanto é tranqueira, álcool, droga audível, mulherada escrota, e mais um monte de gente tentando parar o tempo, com um imenso desespero, como se estivesse na véspera do dia 21 do 12 de 2012.
Festa boa era a que tinha mais comida, alimento... festa boa não era orgia.
É claro que estou generalizando, sei também que uma bebida de vez em quando é boa pra lubrificar as engrenagens, faz parte do processo de ser humano, acho que no fim o que acontece é que sou de outro tempo, onde eu jogava com 8 bits e era feliz.


Caneca
Sergio Roberto Rabecca Filho

Evento do Grupo de Escritores da UniABC-Anhanguera

Meus amigos,
O Grupo de Escritores da UniABC-Anhanguera vai realizar a 1ª. edição do evento “Escritor na Universidade” no dia 05 de abril às 19h00hs, no Auditório I da UniABC. O escritor convidado é Claudio Parreira, que está lançando seu primeiro romance, Gabriel,  pela Editora Draco.
Abaixo release sobre a publicação e o autor no site da editora:
Quem não for aluno da UniABC e quiser participar do encontro deve escrever para grupodeescritores@uniabc.br e enviar nome completo e RG.
Participem!
Profa. Maiaty S. Ferraz
Coordenadora do Curso de Letras - UniABC
Supervisora do Grupo de Escritores da UniABC-Anhanguera
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